terça-feira, 10 de julho de 2007

Penso, logo surto.

Como não?
Por que não acreditar em algo que insiste me fugir à barreira do tato?
Talvez esses anos todos convivendo com a insegurança tende a me fazer descrente, talvez seja meu lado Franciscano, talvez seja o coração, na tentativa de, mais uma vez sabotar-me a paz.
Estranho, mas lembro-me claramente de pensar um dia ter escutado: “bem aventurados os que crêem”.
Deus...
Não! Absolutamente!
A que ponto chega o egoísmo? Designar a outro ser a difícil e árdua tarefa; a responsabilidade de ser, estar, permanecer ou ficar. Felicidade não se entrega. Certo? Felicidade se constrói?
Constato agora, que atados, estão, todos ou quais quer poder de raciocínio lógico que um dia, em mim, vieram morar.
O barulho que me vem de dentro é o silencio, é o intenso e submerso. Cada batida do meu coração, uma a uma, é tensão; ação reação.
Reagir?
Sinto-me vivo. Enfim vivo. Já que em mim habita-se o frio do meu corpo, e ainda assim, meu corpo é chama. Olhos, bocas, almas e braços em um entrelaçar elástico. Em qualquer uma atmosfera, em qualquer outro plano ou espaço.
O óbvio vem a mim quase como que sem controle. Como pode ser tão belo o simples? Lacunas do palpável, cada vez mais complexas, e cheias de direções exatas.
Exato?
A distância parece ser a via material que intensamente nos une. Intenso são as idéias, o irreversível, os desejos. Intenso são os laços.
E por que não?
Bem aventurados os que não crêem em vão.

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