terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Validade

Deus fez dos olhos instrumento da verdade.
Os olhos sucumbem à mentira.
Fez do abraço ligação direta entre os sentidos e sentimentos, coração e razão.
A fantasia se despe diante de um abraço e a realidade torna-se nua, crua.
A vida passa pela nossa janela e rapidamente finda ao escurecer do tempo, ao fechar dos olhos.
Todo dia temos o dever de lutarmos pela felicidade.
Não há validade para ser feliz, ser feliz não precisa ter começo meio e fim.
Para se viver o mais nobre dos sentimentos, é necessário luta, toda conquista é regida por luta.
É preciso força para experimentarmos o pode de amar.
É urgente a necessidade de se ter coragem.
É preciso,mais que nunca, prosseguir.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

O Que é o que é?

Afinal o que é o ser humano?
Um amontoado de matéria, supostamente racional, cheio de complexos e reflexos adquiridos na vida, em sua maioria burra, estúpida e vazia, instabilidade, falsidade, ilusão; aglomerado de sentidos, sentimentos e atitudes egoístas?
Afinal do que se faz um ser humano?
Sonhos, metas e planos, provavelmente irrealizáveis, mentirosos e um tanto quanto falsos; grande brincadeira de esconde-esconde entre si, entre o mundo, entre os planos?
Afinal do que se fez um ser humano?
Eu?
Tu?
Ele?
Nós?
Será que realmente existem os "nós"?
Ser humano é capaz de construir laços?
Afinal quem disse que ser é ser humano?

Estrada

Tardo, falho, mas não falto.
Altos e baixos.
Querer e poder.
Dor e amor.
Saudade.
É a estrada que me leva.
Caminhos de ida e volta.
Encontro com meu EU.
Me encontro no teu.
Me desenredo ao nada.
Me arrumo um silêncio.
Emudeço.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Eu

Meu nexo
Meu pulso
Meu senso
O ar
O dar
O mais
O cru
O nu
O silencio
A paz
O cais
O inteiro
O nau
O caos
O abismo
A ilusão
A intenção
O verdadeiro

terça-feira, 10 de julho de 2007

Acisum

Cada molécula da tua existência me fez mais.
Dava-me coragem de prosseguir, sem medo, rumo a aquele quarto escuro e vazio.
Fazia-me devorar o desconhecido como se íntimo fosse.
Fez-se laço, traço e rastro em meu viver.
Apossou-me a alma.
Invadiu minha tristeza e refez o cais.
Tornou a confundir a ciência e fundamentou tangível a felicidade.
Definiu-se em meus segredos.
Rara.
Unânime excelência do poder ter.
Ligação de divindade com outros planos.
Relação legítima entre outros seres.
Fez-me dono do todo.
Tudo enquanto possível fosse.
Mesmo que flutuante.
Só tu foste capaz de me tornar mais.

Penso, logo surto.

Como não?
Por que não acreditar em algo que insiste me fugir à barreira do tato?
Talvez esses anos todos convivendo com a insegurança tende a me fazer descrente, talvez seja meu lado Franciscano, talvez seja o coração, na tentativa de, mais uma vez sabotar-me a paz.
Estranho, mas lembro-me claramente de pensar um dia ter escutado: “bem aventurados os que crêem”.
Deus...
Não! Absolutamente!
A que ponto chega o egoísmo? Designar a outro ser a difícil e árdua tarefa; a responsabilidade de ser, estar, permanecer ou ficar. Felicidade não se entrega. Certo? Felicidade se constrói?
Constato agora, que atados, estão, todos ou quais quer poder de raciocínio lógico que um dia, em mim, vieram morar.
O barulho que me vem de dentro é o silencio, é o intenso e submerso. Cada batida do meu coração, uma a uma, é tensão; ação reação.
Reagir?
Sinto-me vivo. Enfim vivo. Já que em mim habita-se o frio do meu corpo, e ainda assim, meu corpo é chama. Olhos, bocas, almas e braços em um entrelaçar elástico. Em qualquer uma atmosfera, em qualquer outro plano ou espaço.
O óbvio vem a mim quase como que sem controle. Como pode ser tão belo o simples? Lacunas do palpável, cada vez mais complexas, e cheias de direções exatas.
Exato?
A distância parece ser a via material que intensamente nos une. Intenso são as idéias, o irreversível, os desejos. Intenso são os laços.
E por que não?
Bem aventurados os que não crêem em vão.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

QUERO

Quero cada minuto do teu eu.
Cada segundo do teu caos.
Quero cada sofrimento do teu olhar.
Quero não fazer rir, mas fazer chorar.
Quero cada dor que possa causar.
Quero ter asas apenas, não voar.
Quero poder ir.
Quero poder sentir.
Quero poder fugir.
Quero poder morrer.
Quero poder mentir.
Quero poder voltar.